Paralelamente à participação política partidária e em movimentos coletivos, existe de igual modo a participação através de grupos de interesse e de pressão.
Estes grupos distinguem-se dos partidos políticos, pois enquanto estes se congregam em defesa de interesses múltiplos, aqueles congregam-se em torno de um reduzido número de interesses (até apenas um). Todavia, também se diferenciam dos movimentos coletivos na medida em que pretendem influenciar processos de decisão (lobbies) enquanto os movimentos coletivos pretendem contribuir para a transformação da sociedade.
Também existem diferenças entre os grupos de interesses e os grupos de pressão. Enquanto os primeiros existem à margem do poder político, e as suas atividades não pretendem alterar políticas públicas nem precisam de financiamento público, os segundos tentam levar os órgãos do poder a tomar decisões favoráveis ao grupo e, assim, mantêm sempre uma relação com o poder político.
Dos grupos de interesses são de referir:
- grupos de interesse anómicos, não organizados - protestam de forma desorganizada em manifestações, tumultos, revoltas, saques e assassinatos (participação não convencional);
- grupos de interesse não associativos - assentes na etnia, religião, vizinhança;
- grupos de interesse institucionais - membros de uma confissão religiosa, militares...; têm interesse em proteger as suas competências e em defender os seus privilégios;
- grupos de interesse associativos - sindicatos, associações profissionais, associações de estudantes e de encarregados de educação, associações culturais - representam os interesses de certo grupo.