terça-feira, 1 de outubro de 2019

MOVIMENTOS SOCIAIS COLETIVOS E GRUPOS DE INTERESSE E DE PRESSÃO

Os movimentos coletivos surgem na década de 60 no âmbito do crescimento de temas como o pacifismo, o feminismo, a defesa do ambiente... Ao contrário do que acontece com os partidos políticos, este tipo de movimentos são bastante descentralizados, não obedecendo a nenhum tipo de hierarquia e dependem, principalmente das respostas que o Estado dá às suas pretensões. Como a participação nestes movimentos é voluntária, basta comparecer aos eventos marcados, cada vez mais difundidos pelas redes sociais e via telemóvel, e participar nos protestos.
Paralelamente à participação política partidária e em movimentos coletivos, existe de igual modo a participação através de grupos de interesse e de pressão.
Estes grupos distinguem-se dos partidos políticos, pois enquanto estes se congregam em defesa de interesses múltiplos, aqueles congregam-se em torno de um reduzido número de interesses (até apenas um). Todavia, também se diferenciam dos movimentos coletivos na medida em que pretendem influenciar processos de decisão (lobbies) enquanto os movimentos coletivos pretendem contribuir para a transformação da sociedade.
Também existem diferenças entre os grupos de interesses e os grupos de pressão. Enquanto os primeiros existem à margem do poder político, e as suas atividades não pretendem alterar políticas públicas nem precisam de financiamento público, os segundos tentam levar os órgãos do poder a tomar decisões favoráveis ao grupo e, assim, mantêm sempre uma relação com o poder político.
Dos grupos de interesses são de referir:
  • grupos de interesse anómicos, não organizados - protestam de forma desorganizada em manifestações, tumultos, revoltas, saques e assassinatos (participação não convencional);
  • grupos de interesse não associativos - assentes na etnia, religião, vizinhança;
  • grupos de interesse institucionais - membros de uma confissão religiosa, militares...; têm interesse em proteger as suas competências e em defender os seus privilégios;
  • grupos de interesse associativos - sindicatos, associações profissionais, associações de estudantes e de encarregados de educação, associações culturais - representam os interesses de certo grupo.
Conclui-se que em democracia, a vida política não se esgota nos partidos e a participação política faz-se cada vez mais fora deles.

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